CAMISETA SABURO SAKAI

Saburō Sakai foi nascer em 25 de agosto de 1916, em Saga, Japão, numa família de ascendência samurai cujos ancestrais haviam participado nas invasões japonesas da Coreia, mas que foram forçados a ganhar a vida como agricultores após haihan-chiken em 1871. Sakai, o terceiro nascer de quatro filhos (seu nome literalmente significa "terceiro filho"), tinha três irmãs. Saburō tinha 11 anos quando seu pai morreu, deixando a mãe de Saburō sozinha para criar sete filhos. Com recursos limitados, Sakai foi adotado por seu tio materno, que financiou sua educação em um segundo grau de Tóquio. Mas Sakai não foi bem nos estudos e foi enviado de volta a Saga depois do segundo ano. Sem outras opções, no dia 31 de maio de 1933, aos 16 anos, Sakai se alistou no Marinho japonês como quarta classe marinheiro (Recruta Seaman) (四 等 兵). Saburō Sakai descreve as suas experiências como um recruta naval[1]: "Os pequenos oficiais não hesitariam em administrar os espancamentos mais severos aos recrutas que sentiam merecedores de punição. Sempre que cometi uma quebra de disciplina ou um erro de treino, fui arrastado fisicamente do meu berço por um pequeno oficial. "Fique alto na parede!" Aproxime-se, Recrute Sakai!" ele iria rugir. Não estou fazendo isso porque te odeio, mas porque gosto de você e quero que faça um bom marinheiro. Aproxime-se!" E com isso ele balançava um grande pau de madeira e com cada grama de força que ele possuía ele bateria contra o meu fundo virado para cima. A dor era terrível, a força dos sopros sem parar." Após completar o treinamento no ano seguinte, Sakai foi formado como Marinheiro de Terceira Classe (Seaman Ordinário) (三 等 兵). Sakai então serviu a bordo do navio de guerra Kirishima por um ano. Em 1935, conseguiu passar nos concursos para a Escola de Armadores Navais. Sakai foi promovido a Sailor Second Class (Able Seaman) (二 等 兵) em 1936, e serviu no navio de batalha Haruna como artista de torre. Recebeu promoções sucessivas a Sailor First Class (Leading Seaman) (一 等 水 兵) e a Sub-Officer Third Class (三 兵 等). No início de 1937, ele se candidatou e foi aceito em uma escola de treinamento piloto. Formou-se primeiro na Classe Naval em Tsuchiura em 1937, ganhando um relógio de prata que lhe foi apresentado pelo próprio Imperador Hirohito. Sakai formou-se piloto de avião, embora nunca tenha sido efetivamente afetado ao serviço de transporte aéreo. Promovido a Sub-oficial de Segunda Classe (二 等 曹) em 1938, ele participou pela primeira vez de um combate aéreo no Mitsubíscio A5M no início da Segunda Guerra Sino-Japonesa em 1938-1939 e foi ferido. Sakai derrubou um bombardeiro DB-3 soviético em outubro de 1939. Mais tarde, foi selecionado para pilotar o combatente Mitsubishi A6M2 Zero em combate sobre a China. Depois da guerra, Sakai aposentou-se do Marinho. Tornou-se um acólito budista e prometeu que nunca mais iria matar a nenhuma coisa viva, nem mesmo a um mosquito[12]. Sakai não guardava animosidade para com aqueles que tinham sido "inimigos" durante o WW2, e exortou outros a não o fazerem também. Quando perguntado sobre a eventual rendição do Japão, ele respondeu: "Se eu tivesse sido ordenado a bombardear Seattle ou Los Angeles para acabar com a guerra, eu não teria hesitado. Entendo perfeitamente por que os americanos bombardearam Nagasaki e Hiroshima." Os tempos foram difíceis para o Sakai; encontrar um emprego foi difícil para ele por causa das condições impostas pelos Aliados, e por causa de disposições anti-militares inseridas na nova Constituição japonesa. Ele eventualmente iniciou um compro de impressão bem-sucedido, que ele costumava ajudar seus ex-camaradas e suas famílias com emprego. A esposa de Sakai morreu em 1954[14] e, mais tarde, voltou a casar-se. Visitou os EUA e conheceu muitos de seus ex-adversários, incluindo o atirador-traseiro que o feriu[12]. Em 2000, Sakai atuou brevemente como consultor para o popular jogo de computador Combat Flight Simulator 2. Nos últimos anos, Sakai foi convidado a aparecer como auto-falante de motivação nas escolas e corporações japonesas. Seu tema era sempre o mesmo, o credo pelo qual ele viveu sua vida inteira: "Nunca desista." Sakai expressou preocupação com a incapacidade coletiva do Japão de aceitar a responsabilidade de iniciar a guerra, e sobre o sentimento popular de que só os militares - não os líderes políticos - eram responsáveis. Ele decretou a campanha kamikaze como um desperdício brutal de vidas jovens. Sakai também chamou a atenção com seus comentários críticos sobre o papel do imperador Hirohito. "Quem deu as ordens para aquela guerra estúpida?" ele perguntou em uma entrevista reportada no dia 10 de agosto de 2000 pela Associated Press. "Quanto mais perto chegamos ao imperador, mais confuso fica tudo." Poucos meses antes de morrer, Sakai admitiu oficialmente aos repórteres que ainda rezava pelas almas dos aviões (chineses, americanos, australianos e holandeses) que havia morto em ação. "Rezo todos os dias pelas almas dos meus inimigos, assim como dos meus camaradas", disse. "Todos fizemos o nosso melhor pelos nossos respectivos países... glorificar a morte foi um erro. Porque sobrevivi, pude seguir em frente - fazer amigos nos EUA e em outros países." Saburo Sakai morreu de ataque cardíaco em 2000, na sequência de um janto formal de Marinhos dos EUA - onde ele tinha sido um convidado honrado - na Estação Aérea Naval de Atsugi. Ele tinha 84 anos. Sakai havia enviado sua filha para a faculdade nos Estados Unidos "para aprender inglês e democracia." Lá ela se casou com um americano, e deu à Saburo dois netos nasceres americanos. Ele é sobrevivido por todos os três.